A União faz a Força!

Célebre frase, melhor seria: a força é o resultado da união. Qualquer equipe, bem intencionada, não se esquece deste princípio. Quanto mais unidos, maiores as chances de vencer. União predispõe pensarmos juntos, sendo regidos pelos mesmos objetivos e alvos.

Um Salmo muito conhecido e comentado nas igrejas é o de número 133, mas me pergunto: será que entendemos sua implicação em nossas vidas? Qual é seu principal objetivo? Não possuímos respostas prontas, no entanto as Escrituras Sagradas nos mostram alternativas para chegarmos a elas.

O primeiro verso do salmo 133 se inicia com uma exclamação: Oh! O salmista teve uma revelação instantânea, algo que observou pela sua prática diária. Ele experimentara que viver uma vida de união era algo bom e agradável. Bom no sentido de que temos todas as qualidades adequadas à nossa natureza ou função. Portanto significa estar bem consigo mesmo. O termo agradável, no sentido hebraico da palavra, pode descrever a harmonia da música, relatar um campo coberto de trigo, ou mesmo para explicar a doçura do mel. Denota neste caso o nosso procedimento em relação ao próximo.

Ser bom e agradável refere-se a como nos sentimos e nos comportamos em relação aos outros, não apenas como seres humanos, mas como autênticos filhos de Deus.

A expressão “Viverem unidos” deixa transparecer que a união é literalmente viver a vida. Significa gozá-la, aproveitando-a ao máximo. Nossa "vida" depende de uma forma direta, da verdadeira unidade. Não apenas estarmos unidos, e sim, sermos unidos. Esta união deve ser vista como uma vida em família, algo a ser praticado na comunidade onde estamos inseridos.

A união “É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes”- Vs.2. Ela é comparada ao óleo da unção derramado sobre o sumo sacerdote Arão, que o consagrara ao serviço de Deus, tornando-o apto para realizar os sacrifícios descritos na Lei de Moisés. Da mesma forma nós só podemos ministrar o serviço cristão ser estivermos unidos no mesmo propósito e direção. A partir deste ponto de vista entendemos que a verdadeira unção está intrinsecamente relacionada ao sentimento de união que permeia um grupo com a mesma visão.

A união é ainda descrita “como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre" – Vs.3. Se não fosse pelo orvalho sobre o Hermom no verão, toda sua vegetação pereceria, inclusive o rio Jordão, pois este possui sua nascente neste monte. A união é, portanto a causa da vida e da benção. É como o orvalho sobre a vida daqueles que vivem a intensidade de sua prática, o que traduzimos por um relacionamento menos técnico e mais humano, o verdadeiro “calor humano”. Quanto mais nos preocupamos e relacionamos com nossos semelhantes, mais estamos nos aproximando de uma vida de benção e paz. Como resultado o Criador ordena “a sua benção e a vida para sempre”.

Concluímos a partir da análise deste Salmo que não existe benção e vida, sem antes considerarmos a importância que o outro desempenha em nossas vidas. Somos seres sociáveis e necessitamos do convívio diário com nossos semelhantes para experimentarmos o verdadeiro sentido da vida. A partir do entendimento desta verdade, percebemos que “o universo conspira ao nosso favor”, afinal de contas servimos a seu Criador, este lhe ordena que nos conceda a benção e a vida – espiritual e física. Tais coisas são provenientes de uma vida de união, cultivada diariamente uns com os outros. Como adoradores de Deus não podemos ter outro objetivo, senão nos envolvermos nos objetivos da causa divina. Juntos podemos mais, juntos somos mais. A força que temos definitivamente é o resultado da nossa união. Quanto mais união, mais força – o inverso é verdadeiro. Vivamos, portanto em união.
Por Nelson Costa

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1 comentários:

Sandro disse...

Graça e paz, sempre!

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